"Não sei por que, não sinto falta do sol,
só sei que o vento frio daqui,
fez quietar,
a poeira do passado.
O passado era um nó estrangulado,
num peito só,
que em voltas,
girava e se perdia embasbacado.
Sim, lhe soava insano,
a falta de chão e de esperança
no olhar.
É verdade, que não chovia,
nem ventava como agora.
E lá, o sol brilhava,
lindo, vivo, transbordante
com tanto fervor,
até nos fins da tarde,
sua despedida castigava-me
feito balsamo em tela frescor,
de pinceladas de Van Gogh.
Acelerava e sorria,
mas também chorava,
dentro da triste fantasia.
E agora? Mesmo sem sol,
mas nem por isso com menos
suor,
o calento amanhecia.
E de tempos em tempos,
a lenda, no peito pulava,
pulsa firme e tenra,
de alegria!
Adeus é um Deus,
permeado de magia!"
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