domingo, 19 de maio de 2019

ora, ora, ora...quem é vivo...é, aparece, sempre aparece. como eu e as paixões. sobre elas fiz promessa de "nunca mais", porque elas queimam como brasa e no meu caso, ficam anos, décadas acesas como um vício do qual, eu dependente química não consigo me livrar. e como se livrar de um vício? com novas drogas, paixões, amores, vícios. e assim, como a insônia do momento, ela veio. ela, elas, sempre vem. comigo isso é fácil. meus olhos parecem imãs, e pior, quando os dela também. eu não sei o quê dizer. ela também não. não podemos. mas, mais do quê os nossos olhos, nossos corpos queimam. eu a quero. e sinto o mesmo. uma loucura qualquer. penso no que tenho a perder. ela deve pensar no que tem a ganhar. a dificuldade é enorme. o risco também. eu só não quero que isso seja um blefe. se sentir louca é normal. os tempos. as ordens. nada tá no lugar mesmo. então: porque eu deveria exigir o contrário. 

domingo, 3 de junho de 2018

...faz sentido sim...


Resultado de imagem para espelho  quebrado

você já viu um espelho quebrado? melhor, você já tentou juntar os pedacinhos do mesmo? Isso é possível? Vamos lá...eu vou tentar, pegar com meus dedos desprotegidos e grudar, sem me machucar, com sangue e cuspe e talvez com suor também, cada pedaço...como? is a question? Ahh...eu sou mais que a minha imaginação fértil e bem mais do que as fases da lua que me pressionam diariamente. Eu vou mostrar a permanência. Vou mostrar como é dançar nas bordas do círculo da loucura. E digo: sóbria. Porque a maior droga da minha vida é justo o que faz meu coração pulsar e com os mesmos dedos sujos dos cacos enfiados nos olhos e talvez em outros buracos do my body!!! Nada disso é confortável. Parecer patética. Dizer EU TE AMO - em destaque! É como dirigir embaixo de chuva tropical, numa estrada desconhecida e cheia de curvas...se frear aquaplanagem, se acelerar tem que ter a técnica para não ser jogada fora da pista, se por ventura deixar a mão escorregar do volante pode parar na pista contrária e se passar a marcha errada incompatível com a velocidade ou força exigida? Da pra sentir? O tanto de coisa que pode ocorrer, em um curto intervalo de tempo? Coisas que a gente nem dá conta...E o que cê sabe? Com o que cê pode contar para se manter paciente? Firme nessa estrada? Que você quer muito sentir que consegue chegar...por que ela mexe com os sonhos mais íntimos. Não tenho seguro, não tenho pneu reserva e se tivesse, não sei usar o macaco...existe um manual...mas, eu cansei de teorias e acho que tenho que viver. Concentrando eu consigo. Eis a cola. 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

...não faz sentido...

...minha ansiedade, ter me apaixonado por Jazz, entrar em discussões políticas na academia entre um peso e outro, juntar pilhas de papéis, escrever em varias fontes secretas e trancar tudo em cofres com senhas indecifráveis, delirar após tomar alguns copos de café, não lembrar dos nomes e rostos e de letras de músicas completas, querer trazer medalhas, saber fazer baliza e meia embreagem...quanta merda! Minha dor de barriga matinal é uma merda só e a dor de cabeça semanal por falta de alguma substância ilícita também...ilícita é a hipocrisia verde e amarela! humhum...tem sido uma frase inteira e cheia de sentidos: apertar a sua mão...humhum...

domingo, 18 de março de 2018

essas balas...


Às vezes sinto meu coração em pedaços, uma dor sem cabimento, um aperto que é mais dos outros do que de mim. Lembro dos mortos e das dúvidas: por que? Principalmente se for morte de covardia. Aquela que rir e olha nos olhos antes de executar. Meu corpo treme e meus olhos se desmancham e essa dor não é minha? Uma desesperança me toma, meus pensamentos turvos, as forças em fios estilhaçam em algo difícil de juntar. Fazer o quê? Uns perambulam, outros gritam e se vestem com camisas e cartazes, há os que ascendem velas e os que xingam por justiça. Palavra rala, “de cor branca”, sem medida “longe da balança”, uma mentira “contada mil vezes se torna uma verdade”. Essa ilusão que nos diz: há esperanças. Há? No ar, resta tentar. Mesmo se for erro e tentativa. Do meu íntimo, sempre barquinho, sentido no rosto e na boca o sal do mar e da terra. Terra mais uma vez vermelha. Regada dos sangues negros. Como não doer? Tá doendo tanto. A menina Maria tá certa, como não vingar? Como não querer usar ferro, fogo e também matar? Há que serve a medida, se a régua tá torta e a reta é só uma metáfora científica diante da natureza indômita, voraz, que domina via carnificina. Eu vago no mar revolto, eu explodo, eu morri por volta de 21:30 de uma noite de quarta-feira, em uma capital do meu país.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Saudade

Se sente de quem ou do que se tem falta. Eu não sinto. 

Mas, passados meses, a gente não se despediu. Das últimas vezes, você me pediu isto aqui. Eu neguei. Por que? Queria você longe. Não era para ser para sempre. Mas, do jeito que eu te tratava você devia sentir que não iria fazer falta. E dias antes eu perguntei a ela, ela aquela mulher entre nós, se ela estava viva. Mais uma ironia do nosso destino. Destino é coisa torta mesmo, mais do que curva sinuosa em estrada desconhecida para motorista aprendiz. E quando eu soube que se foi pra sempre: tive medo de você ter deixado algo para mim. Sobretudo, o poema que me prometeu e me disse: não tá saindo. Eu não me importei. Eu não queria nada. O nosso grande mal é esse: chegar a esse ponto do descarte vivo. Fazer questão do outro sentir que não desejamos mais nada que vem dele ou dela. A gente mata a pessoa. A pessoa nem precisa morrer para sempre. Mas, você que sei que me amava e eu que sei que te amava de jeitos mais retorcidos que a estrada foi para sempre. Como foi? Por que foi? Não sei. Não adianta saber. Nada altera o fato: te devo alguns encontros e algumas levantadas de copos cheios de cerveja. Te devo um aperto de mão, um sorriso, um abraço, seu beijo suado. Se um dia nos reencontrarmos no além, não prometo, mas sei que pago. Um dia em um insight - acho que devo ter aprendido tal palavra com você, que não economizava em palavras! Eu disse que ADEUS, É UM DEUS, PERMEADO DE MAGIA! Então, ADEUS: esteja onde estiver, sei que tá entregue a magia, a algum encanto, desses de bom baiano da Bahia, abençoado pelo Santo São Lazaro, soprado pelo seu gêmeo empipocado Omulu. Tudo é luz, que cê tenha encontrado a paz, o amor e o paraíso com virgens dos lábios de mel. 

Sangue

Por que você some?

Eu machuquei meus tímpanos, quando cocei as orelhas com o bocal da caneta. Sangrou. Deu pra sentir com as pontas dos dedos. Solto sangue. Mas, que minutos depois coagulou e grudou nas pontas dos meus dedos. Ver isso, suspendeu minhas ideias. Lembrei do sangue que escorre todo mês. Que sou bem indiferente a esse. Que sei que doí mais, bem mais. Porque é sangue que anuncia a dor. O vermelho vivo, intenso e morto ao mesmo tempo. Cheira a ferro e a podre sem demora. Prenúncio da vida, da doença e da morte. Não sei se é imagem, ou, gosma. Mas, representa e é o que é. O gosto da boca partida que a cada gole da saliva se quer apagar. Úmida ferida aberta. Cicatriza? E logo virá outra. É se esbarrar num prego, o roçar da batata da perna na descarga da moto, o joelho no concreto, as mãos arranhadas depois do afago na gatinha de estimação. Sangra por amor. Por lutar. Por viver. Se fortalece com as transfusões negadas pelos fanáticos cristãos, que preferem beber o sangue de cristo em ocasiões especiais, a galinha a molho pardo, o pescoço do frango cortado e posto no tacho para o deus Exu, nas encruzilhadas da vida. O sacrifício é o sal da terra vermelha, rachada, sedenta de vida. Que engole a gente por pura terrafagia e nos alimenta, pois fertiliza as culturas que dela brotam. Raízes de urucum vibrantes sob a luz do sol. Que raia e se põe na dor latejante que se esvai por si, por fim.   

sábado, 23 de dezembro de 2017

My english...




Quando você se atraí por algo completamente incompreensivo para você, tipo eu e The Strokes...under cover of darkness! Yes baby, i don't know...mas, não sei por que na época eu curtia, bem mais do que hoje, e não lembro ter me interessado por traduções! Pois, anos depois dei uma checada nisso e "bingo" - alguém além de minha avó com Alzheimer, caso lembrasse ainda usa tal expressão? São letras, "desesperadas", de alguém que tá perdido, depressivo, muitas vezes deixando a vida atropelar de forma raivosa, ou melhor, no fio da navalha - os relacionamentos sempre nesse fio, algo se cortando, algo racha quiçá, para nunca mais - a dúvida fica no ar, mas o momento é visceral! Faz sentido! Além da rouquidão da voz rasgada, das guitarras, baixo, bateria...e pops trônicos bem progressivos, dava para embarcar naquela dor que eu nem sabia que um dia seria minha, ou já era, e eu me anestesiava ouvindo, cantando, viajando em bolhas de imaginação e suor, principalmente quando só bastava a pista e as luzes e aquela vontade estúpida de fazer xixi e encontrar uma paixão no banheiro antes de puxar a descarga e jamais lavar as mãos e era assim minha barely legal...E se someday reptilia...a gente tivesse se conhecido em um noite dessas, e se você quisesse me jogar fora da estrada, por eu ter ido rápido demais...lembrou de não me culpar: entre juicebox and you onle live once!