domingo, 11 de fevereiro de 2018

Saudade

Se sente de quem ou do que se tem falta. Eu não sinto. 

Mas, passados meses, a gente não se despediu. Das últimas vezes, você me pediu isto aqui. Eu neguei. Por que? Queria você longe. Não era para ser para sempre. Mas, do jeito que eu te tratava você devia sentir que não iria fazer falta. E dias antes eu perguntei a ela, ela aquela mulher entre nós, se ela estava viva. Mais uma ironia do nosso destino. Destino é coisa torta mesmo, mais do que curva sinuosa em estrada desconhecida para motorista aprendiz. E quando eu soube que se foi pra sempre: tive medo de você ter deixado algo para mim. Sobretudo, o poema que me prometeu e me disse: não tá saindo. Eu não me importei. Eu não queria nada. O nosso grande mal é esse: chegar a esse ponto do descarte vivo. Fazer questão do outro sentir que não desejamos mais nada que vem dele ou dela. A gente mata a pessoa. A pessoa nem precisa morrer para sempre. Mas, você que sei que me amava e eu que sei que te amava de jeitos mais retorcidos que a estrada foi para sempre. Como foi? Por que foi? Não sei. Não adianta saber. Nada altera o fato: te devo alguns encontros e algumas levantadas de copos cheios de cerveja. Te devo um aperto de mão, um sorriso, um abraço, seu beijo suado. Se um dia nos reencontrarmos no além, não prometo, mas sei que pago. Um dia em um insight - acho que devo ter aprendido tal palavra com você, que não economizava em palavras! Eu disse que ADEUS, É UM DEUS, PERMEADO DE MAGIA! Então, ADEUS: esteja onde estiver, sei que tá entregue a magia, a algum encanto, desses de bom baiano da Bahia, abençoado pelo Santo São Lazaro, soprado pelo seu gêmeo empipocado Omulu. Tudo é luz, que cê tenha encontrado a paz, o amor e o paraíso com virgens dos lábios de mel. 

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