quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dos tempos 14.





Beber café se tornou angustiante. Olhei fixo e perplexo para aquele líquido ralo dentro da caneca. Eu vi seus olhos negros, de um brilho opaco, distante, perdidos e angustiados dentro do próprio tormento de si. Eu te vi naquilo que mais me aquece e conforta ultimamente. Triste é que parece que a tua doença me infectou. Pois a única verdade é que nunca gostastes de café. E a sua descrição do hálito do outro de café me causava ânsias de vômitos em outrora. Mas, era o mesmo descaso e frieza de agora. É eu não te culpo e nem poderia, o engano foi todo meu. Sim, sim aquela canção “Meu erro foi crer que está ao seu lado bastaria...”. Nada basta se não existe mais amor. Nem carinho. Nem piedade. Nem culpa. Nem dor. É fatal. É visceral.  É humano. Perder o interesse. É humano, mentir e manipular os próprios sentimentos. Cinicamente  nos foge o controle não é mesmo? E aqui cabe bem a frese “não estava nada planejado”...e não estava mesmo...quiçá a desfaçatez e nada mais.

Erros e tentativas de Marcio. 

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