quinta-feira, 23 de junho de 2016

Dos tempos 16: Combinado!


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De ano em ano apareço por aqui. Não está escrito, não houve pacto, nem mesmo velado. Algo me atraí a este baú de recordações, ou seria invenções? Não sei (minha frase mais comum!). Mas, sinto, meu peito acelera e minha respiração fica ofegante, aqui reúno todas vocês (paixões, amores, frustrações, raivas, dores...tudinho!). Se fossem retalhos teríamos mesmo uma colcha linda de tão colorida! Os dedos correm rápido pelo teclado. Meus pés, seguem gelados. A sensação é quase a mesma, estranheza, confusão, paixão...o que resultará? Não sei (outra vez).  Sinto que cavo o poço com as mãos e cada vez mais sou atraída para dentro dele. E o pior é que arrasto tudo ao redor. Aiai, coisas que persistem, esse comportamento destrutivo e asfixiante. Não adianta reinventar, parece erva daninha, quanto mais corta, mais cresce. Esses dias, pensei em viajar. Mas, ainda me nego a fazer planejamentos, embarco numa furada! Só deu certo uma vez, por que já nem sei! Exceto por eu ter estragado algo que seria uma bela amizade de verão, sol, cachoeira e a maçã mais gostosa da minha vida. Parecia um sonho, até que foi, mas a ansiedade destrutiva fincou a unha rasgando tudo. Ah isso doeu. Minha capacidade de ser infantil se supera! Como agora: eu a pressiono, a sufoco, ajo como uma idiota insensível, egoísta que parece que não passou por isso! Chego a ser cruel. Ela se culpa, tenta entre um desabafo e outro achar o erro (em si). Reconheço minha maldade, na verdade, esquizofrenia, a peço que não se culpe ou se desculpe (se repete)! Ela não compreende, afinal adora contestar tudo, e isso não me ajuda, me estressa, e meto os pés pelas mãos, ou melhor, não seguro os pensamentos, a língua e falo (o desnecessário). Ela revida, diz que sou grossa, chata (demasiadamente chata! - que horror, se ver pelas lentes do outro!), eu me calo. Fico pensando, por que estamos nessa?! Reflito friamente: você deixou de gostar de mim, essa de dizer que não presta e que mereço alguém melhor, que me faça feliz! Ah, isso é um sinal apocalíptico dos fins dos tempos! A essa altura, ela se sente louca e eu também (tenho a sensação que a minha história se repete! Evito revelar isso, seria o fim!). Não acho que é por mal, nem meu, nem dela. Sou cética quanto a isso, parece mesmo que os sentimentos mudam, se transformam e o que foi um dia já não dá para ser mais (eu vivi isso com uma  bela estrelinha e a amizade prevaleceu e não sobrou mágoas, o melhor dos fins!). Eu disse que teríamos que ter coragem para reconhecer isso, só disse, porque eu mesma não tenho! Ela me perguntou se eu era feliz do lado dela: eu fugi, disse coisas vagas, do tipo: a felicidade é relativa! Ter a decisão na mão é tudo que não queremos ter! Como disse o Pequeno Príncipe: somos responsáveis pelo que cativamos! Pois é, por saber disso, que exitamos em decidir. Covardia. Eu também disse que ela poderia decidir e saber o que era melhor para si, como também disse, que a decisão seria nossa! Estrangulamento que me desarma quando ela disse, não sei se por sentir ou se apegar ao que temos: só tenho certeza de uma coisa, que te amo e que quero continuar com você! Ela também já me disse que a incomoda saber que o que me prende a ela é esse amor. Quando ela diz, não saber o que está acontecendo consigo ou que gosta de mim como sou! Eu me desespero, pois eu pressinto o que seja, ela nega (confusão total, sabotagem nossa)...Aos poucos ela acorda, aos poucos eu adoeço. É um paradoxo. Imagine uma corda e a correnteza. Ambas precisão se salvar e uma depende da outra. Nesse momento já não importa quem está no mar ou quem está em terra firme. Uma se afoga e perde as forças, a outra perde as forças e vai sendo arrastada para dentro do mar. E agora Joana? Me sinto uma bruxa. 

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